Peemedebista fica inelegível em Viseu
Edição de 02/10/2008 |
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CAUSA PRÓPRIA
Alfredo Amin é acusado de usar verbas públicas em sua campanha
A quatro dias das eleições municipais, o prefeito de Viseu e candidato à reeleição no município, Alfredo Amin (PMDB), foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral. Agora, ele poderá recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e até concorrer sub judice (em juízo, aguardando a decisão), mas, tecnicamente, já é considerado inelegível.
Alfredo Amin é acusado de se usar verbas da prefeitura, mais precisamente da Secretaria de Cultura, para financiar camisetas utilizadas na sua campanha. Ele teria mandado fabricar cerca de 400 peças, cada uma ao custo de R$ 6.
O esquema foi desvendado a partir de uma ação de investigação judicial eleitoral ajuizada pela coligação ‘Coração da Mudança’, composta pelos partidos PCdoB, PDT, PTB, PRP, PV, PT, PR, PSC, PSDB, PPS, PT do B e PRTB e cujo candidato a prefeito é Cristiano Vale.
Amin foi penalizado pelos crimes de gasto ilícito e abuso do poder econômico e administrativo. A decisão do juiz César Augusto Puty Paiva Rodrigues, publicada na última terça-feira, 30, determinou, ainda, que o peemedebista não poderá concorrer a cargos eletivos durante três anos.
VIOLÊNCIA
Os problemas envolvendo Alfredo Amin não vêm de hoje. Em maio deste ano, o nome do prefeito de Viseu foi ligado a uma onda de violência que varreu o município. Naquele mês, o carro do vereador Edvaldo Gonçalves (PR) foi atingido por 15 tiros. Posteriormente, o veículo, levado para a delegacia delegacia da cidade para ser periciado, acabou incendiado misteriosamente. O atentado foi atribuído a um grupo de motoqueiros armados que teria ligações com Amin.
Em 2007, Amin chegou a ser afastado do cargo em sessão ordinária da Câmara Municipal. Ele fôra denunciado pelos vereadores ao Ministério Público pela prática de enriquecimento ilícito. As denúncias foram apresentadas pelos vereadores Paulo Barros (PDT), Avelino Siqueira (PSDB), Edvaldo Gonçalves e Isaías Neto (PPS). Na época, os denunciantes estimaram que o esquema de desvio de dinheiro público em Viseu atingiu cerca de R$ 500 mil.
FONTE: OLIBERAL